entravessamentos

8 de jul. de 20204 min de leitura

GALERIA DOS ENTRAVESSADORES / EXPOSIÇÃO PERFORMÁTICA

Atualizado: 3 de out. de 2020

Quantas aberturas uma porta fechada te oferece?

Tati Wexler, São Paulo

Sair para dentro

Maria Baderna, Rio de Janeiro

"Em qualquer fenda, um corpo possível". Gabriela Santana, Rio de Janeiro

As cascaras

Raquel Bento, Rio de Janeiro

A camera do celular sobre a mesa

Um esforço em alcançar algo

Um instante tão pequeno

Mas tão cotidiano em nossa vida

Ethel Pinheiro, Rio de Janeiro

Tatiana Letier, Estocolmo, Suécia

Assim como nossa PELE, que demarca o fora e o dentro, e que é para José Gil um ÓRGÃO PARADOXAL por ser interior e também exterior, vejo a PORTA como ELEMENTO PARADOXAL – ao mesmo tempo fecha para fora, nos separando do mundo exterior, e abre para dentro, criando um espaço de múltiplas possibilidades.

Tamara Rothstein, Rio de Janeiro

A pandemia da Covid-19 avança e nos força ao isolamento social. Fecham-se as portas. Com a mesma força com que o mundo externo espreme nossa existência, confina nossa carne e desafia nossa inteireza, somos lançados para dentro do nosso corpo-casa.

A porta que confina – essa conhecemos. Como acessar as portas que nos abrem à amplidão de nós mesmos?

Tamara Rothstein, Rio de Janeiro

Entraventamento

Tatiana Klejnberg, Teresópolis, Rio de Janeiro

Melissa Toledo, Alcobaça, Portugal

Melissa Toledo, Rio de Janeiro

Texto retirado do livro HEREJES de Leonardo Padura

Esther Abulafia, Montevideu, Uruguai

Clarice Rito, Rio de Janeiro

Lucia Lerner, Lisboa, Portugal

Karina Lerner, Almada, Portugal

Duplo entravessamento.

Luiza Furtado

Marcelo Gluz, Rio de Janeiro

Marcelo Gluz

Talitha Mesquita, Belo Horizonte, Minas Gerais

Atravessar grandes mares, traz novos horizontes

Andreia Leandro, Bruges, Bélgica

Hana Brener Mockdece

Porta-janela, dos contatos possíveis

Maria Ricota, Rio de Janeiro

Buraco de ar

Inez Viegas, Rio de Janeiro

Naíra Gascon, São Paulo

Windows

Silvia Maciel Savio, Rio de Janeiro

Bruna Rodella, São Paulo

"Entre"

Nicolau, Rio de Janeiro

Atrás de cada porta, um mundo. Quem me vem de encontro?Ele...sem receio, sem medo e com afeto, sempre.

Letícia Sekito, São Paulo

Flávia Klarnet, Rio de Janeiro

Érika Reis, Rio de Janeiro

Gerson Lerner, Lituânia e Letônia

O acesso ao conhecimento não tem porta

Celeste Kelman

"Capturada"

Silvia Chalub, Rio de Janeiro

azuLABula, Rio de Janeiro

Patrícia Rodin, Ilha da Maré, Bahia

A soleira não fotografada da minha porta existencial, se abre pro infinito particular do chapadão da Canastral!

Maurício Gomes, São Paulo

Desejo proibido

Marcelo Versiani

Cintia Mano, Parede, Portugal

Real ou imaginário? Livre ou aprisionado? Ângulos e perspectivas

Aloa Machado, Rio de Janeiro

Local que a família encontrou para se aproximar nesse momento de Covid...

Fernando Monteiro, Itaipava, Rio de Janeiro

No interior das cozinhas mineiras

Bianca Silva, Santos Dumont, MG

separados/juntos

José Carlos Vieira, Brasília -DF

Essa é a nossa porta!

Milena Miranda, Rio de Janeiro

Envio duas imagens que possuem um grande significado. Uma do meu filho em uma de suas travessuras na porta daqui de casa e outra do meu filtro dos sonhos duplo, responsável pela energia e espiritualidade da minha casa. Já que o filtro dos sonhos duplo, é para trazer a harmonia e amor para os casais, por isso, um fica dentro do outro.

Eunice Sampaio, Cidade de Valença/RJ

Lume, Juiz de fora, MG

Betina e Caio, Posse, Rio de Janeiro

"(...) Eu fecho a frente de casa

Fecho a frente do quartel

Fecho tudo nesse mundo

Só vivo aberta no céu!

A Porta RJ 1970

Vinícius de Moraes"

Milena Miranda, Lisboa, Portugal

Talitha Mesquita, Belo Horizonte

Atravessando as passagens da vida !!!!

Yara Barbosa

Paula Duarte, Juiz de Fora, Minas Gerais

Renata Nabuco, Flamengo, Rio de Janeiro

Thalita Reis, Leopoldina, Minas Gerais

Blecaute o cacete, Black- in!!!!

Rodrigo Bahadian

A namoradeira

Marisa Vieira

Nahima Maciel, Brasília

Annie Eppinghaus, São Paulo- SP

Prisão domiciliar

Claudia Canarim

Renato Cesar, Cárcere da Casuarina, Rio de Janeiro

Marcio Guterman, Nogueira, Rio de Janeiro

Entravessamentos etílicos existenciais.

Mauricio Barreiritto

Mineiro do Rio Pomba, Sô Cardoso, se tornou ao longo de 4 décadas um personagem Histórico da cidade de Corumbá de Goiás. Voz mansa e pausada, capacidade de escuta quase de um analista freudiano. Sua venda é priticamente uma síntese Hegeliana da dialética do universal particular: De lanternas made in china, cartão de Netflix made in USA, passando por cachaça da roça produzida no Baião dos Vieiras e palmito de catulé vindo da Serra do Misael.

Enfim… Sô Cardoso, é quase um tipo ideal do “homem lento”, definido pelo geógrafo baiano Milton Santos: “A força é dos "lentos" e não dos que detêm a velocidade elogiada por um Virilio em delírio na esteira de um Valéry sonhador. Quem, na cidade, tem mobilidade — e pode percorrê-la e esquadrinhá-la — acaba por ver pouco da Cidade e do Mundo. Sua comunhão com as imagens, frequentemente prefabricadas, é a sua perdição. Seu conforto, que não desejam perder, vem exatamente do convívio com essas imagens. Os homens "lentos", por seu turno, para quem essas imagens são miragens, não podem, por muito tempo, estar em fase com esse imaginário perverso e acabam descobrindo as fabulações”. (SANTOS, 1994: 41).